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Agência da ONU para Refugiados Palestinos acusa Israel de torturar funcionários detidos

Agência da ONU para Refugiados Palestinos acusa Israel de torturar funcionários detidos

A acusação intensifica a campanha israelense contra esta agência, chave nos esforços para proporcionar ajuda em Gaza

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Foto:

Por AFP

A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), afirmou, nesta segunda-feira (4), que as autoridades israelenses torturaram alguns funcionários durante interrogatórios após serem detidos na Faixa de Gaza.

"Alguns de nossos funcionários informaram às equipes da UNRWA que foram obrigados a confessar sob tortura e maus-tratos" durante os interrogatórios sobre o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro, indicou em comunicado enviado à AFP esta agência da ONU.

0A UNRWA foi acusada por Israel nesta segunda-feira de empregar "mais de 450 terroristas" do movimento islamista Hamas e outras organizações na Faixa de Gaza.

A acusação intensifica a campanha israelense contra esta agência, chave nos esforços para proporcionar ajuda em Gaza, onde as organizações humanitárias alertam que o risco de fome é iminente após cinco meses de guerra entre Israel e Hamas.

"Segundo os serviços de Inteligência, mais de 450 terroristas pertencentes a organizações terroristas da Faixa de Gaza, principalmente o Hamas, também estão empregados pela UNRWA", informou o exército em nota.

A UNRWA emprega cerca de 30.000 pessoas nos territórios ocupados, no Líbano, na Jordânia e na Síria, e cerca de 13.000 na Faixa de Gaza, onde o Hamas governa desde 2007.

Os militares israelenses divulgaram áudios que afirmam serem gravações de "um terrorista que trabalha como professor de árabe em uma escola da UNRWA".

Na gravação, um homem "conta como entrou no território israelense e afirma que tem mulheres israelenses reféns", que foram capturadas no ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que deu início à guerra.

A AFP não pode verificar de forma independente as afirmações do comunicado do exército israelense.

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