Ucrânia acusa Rússia de "ataque psicológico" por falsa ameaça de bombardeio que fechou embaixadas em Kiev
Alerta de segurança foi emitido nesta quarta-feira (20). Um dia antes, ucranianos usaram pela primeira vez mísseis de longo alcance dos Estados Unidos
Por G1
Alerta de segurança foi emitido nesta quarta-feira (20). Um dia antes, ucranianos usaram pela primeira vez mísseis de longo alcance dos Estados Unidos, em ataque ao território russo. Outros países tiveram operações nas embaixadas afetadas.
A Ucrânia acusou a Rússia de ter realizado "um ataque massivo de informação e psicológico" contra o país após disseminar um falso alerta, supostamente da inteligência militar ucraniana, sobre um iminente bombardeio em massa nesta quarta-feira (20), afirmou a principal agência de espionagem de Kiev.
"Uma mensagem está sendo espalhada por mensageiros e redes sociais sobre a ameaça de um ataque com mísseis e bombas 'particularmente massivo' contra cidades ucranianas hoje. Essa mensagem é falsa e contém erros gramaticais típicos das operações de informação e psicológicas russas", informou a Diretoria Principal de Inteligência em um comunicado.
? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
As informações sobre um "potencial ataque aéreo significativo" em diversas cidades na Ucrânia causou o fechamento de embaixadas na capital ucraniana nesta quarta, como a dos Estados Unidos, Itália e Grécia, e afetou o funcionamento de representações de outros países, por precaução.
Entre as medidas tomadas, a embaixada norte-americana emitiu alerta para cidadãos americanos que vivem na Ucrânia orientando a identificar locais de abrigos e seguir a mídia local para atualizações.
A embaixada francesa emitiu alerta para seus funcionários e a alemã está operando com capacidade limitada.
O alerta falso ocorre um dia após a Ucrânia usar mísseis ATACMS dos EUA para atingir o território russo, aproveitando a permissão recentemente concedida pela administração do presidente Joe Biden. Esses artefatos são de longo alcance.
A Rússia alertava o Ocidente há meses de que, se os EUA permitissem que a Ucrânia disparasse mísseis americanos, do Reino Unido e da França no território russo, Moscou os consideraria como diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em outubro que responderia aos ataques da Ucrânia com armas feitas nos EUA.