Mesatenista Bruna Alexandre é a 1ª atleta paralímpica brasileira convocada para os Jogos Olímpicos
Antes atleta também já havia assegurado vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024
Bruna Alexandre, mesatenista paralímpica brasileira - Foto: Divulgação/CBMT
Por Folha de Pernambuco
Já multimedalhista em eventos paralímpicos, a mesatenista Bruna Alexandre agora tem a oportunidade de disputar os Jogos Olímpicos de Paris. A catarinense foi convocada nesta terça-feira (04), pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e tornou-se a primeira atleta brasileira apta a defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos no mesmo ciclo.
Bruna já tinha garantido a sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, no último 5 de abril, quando a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) anunciou o ranking mundial. A brasileira é atual número 3 do mundo na classe 10 (para andantes).
Já nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa divulgou a convocação oficial da catarinense para os Jogos Olímpicos da capital francesa, marcados para o período de 26 de julho a 11 de agosto.
“Estou muito feliz por esta oportunidade de representar todos os brasileiros com deficiência nos Jogos Olímpicos e mostrar que posso jogar de igual para igual com qualquer atleta. Tenho o sonho de ser campeã paralímpica e jogar contra atletas sem deficiência me fortalece em busca deste objetivo”, disse Bruna, que, aos seis meses de vida, teve o braço direito amputado por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada.
“Agradeço à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) por todo o apoio que me deram, desde que saí de Criciúma, em Santa Catarina, aos 16 anos”, completou a atleta.
Bruna possui um extenso currículo na modalidade. Em 2022, ao lado de Paulo Salmin, a mesatenista foi campeã nas duplas mistas no Mundial Paralímpico de Granada, Espanha. Já em Jogos Paralímpicos, ela é dona de quatro medalhas – dois bronzes por equipes (Rio 2016 e Tóquio 2020), além de um bronze (Rio 2016) e uma prata (Tóquio 2020) individuais.
Na modalidade desde os 7 anos de idade, a mesatenista também acumula conquistas em competições com atletas sem deficiência. Bicampeã nacional, a atleta também foi vice-campeã, por equipes, no Pan-Americano específico de tênis de mesa, em Havana, Cuba, no ano passado.
Ainda em 2023, defendeu o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, Chile, oportunidade em que conquistou a medalha de bronze, novamente por equipes. A temporada terminou com a catarinense sendo eleita a atleta feminina no Prêmio Paralímpicos, evento organizado pelo CPB e que reconhece os principais destaques do paradesporto nacional no ano vigente.